Como cuidar de sua semi-acústica

É muito importante lembrar que por não serem maciças, as semi-acústicas são mais frágeis que as guitarras de corpo maciço. Se o instrumento sofrer um tombo a avaria será muito maior. Em uma guitarra de corpo maciço pode ser feito reparos em seu corpo que dificilmente haverá alteração em seu som, já nas semi-acústicas o caso pode ser mais complicado podendo haver perda de até 80%. Outro detalhe importante é o braço que em 90% são colados ao corpo aumentando assim os riscos de danos gravíssimos. Se isso acontecer a despesa será altíssima, pois trata-se de um processo muito delicado que se não for bem efetuado pode afetar o alinhamento do braço com relação ao corpo do instrumento prejudicando assim a qualidade a afinação. As semi-acústicas devem ser levadas com mais frequência a um luthier, pois costuma-se usar encordoamento mais pesado que varia de 0,11 para cima possibilitando um eventual empenamento no braço.
Quanto a regulagem: As semi-acústicas possuem uma afinação quase infalível graças ao seu braço ser desenhado com perfeição.
Cuidado ao trocar as cordas:  Ao trocar as cordas deve-se tomar muito cuidado pois algumas semi-acústicas possuem um tipo de ponte que não são fíxas, sua fixação ocorre através da pressão que a corda emprega sobre ela, e ao serem soltas todas de uma só vez a ponte ficará sem sustentação oque influenciará na afinação, por isso recomenda-se trocar uma corda por vez, pois a qualidade da afinação das oitavas e harmônicos depende do bom posicionamento da ponte. A manutenção periódica é muito importante, por isso em caso de dúvidas procure um luthier de sua confiança.




A origem do violão

Há duas hipóteses prováveis sobre a origem desse instrumento musical. Uma delas é a de que o violão tenha sido derivado do Alaúde Caudeu-Assírio que os Egípcios, os Pérsas e os Árabes levaram junto para a Espanha; a outra hipótese é de que o violão sofreu diversas transformações e adaptações a partir de um instrumento grego denominado Kethara Grega ou Assíria ( que foi a precursora da Cítara ou Fidicula Romana), da Rotta ou Crotta medieval inglesa e, finalmente, da Vihuela que surgiu na Espanha no século XVI.
Quando os Árabes chegaram à Espanha com seus Alaúdes, provavelmente teriam encontrado lá a vihuela.
Ao analisarmos as cantigas de Santa Maria, do Rei Afonso X, denominado el Sábio Rei de Castela no período de 1221-1284, vemos que aparecem ilustrações de dois tipos diferentes de guitarra, uma oval com a incrustrações e desenhos Árabes, tocada por um músico Mouro, o que seria a guitarra mourisca, e outra na forma do número oito com incrustações laterais, tocada por um músico de feições Romanas, que seria a guitarra latina ou o precursor do violão.
No século XIV, Guillaume de Machault cita em suas obras a guitarra mourisca com quatro coros de cordas, era usada para acompanhar cantos e danças populares, enquanto que a guitarra latina a vihuela, pertencia ao músico culto da corte.
A vihuela tinha três denominações distintas: vihuela de mano ( nada diferente do violão atual ), vihuela de arco e vihuela de plectro.
A vihuela de mano constava de cinco cordas duplas mas a primeira que era simples. Os vihuelistas alem de precursores dos guitarristas do céculo XVII, criaram também métodos e formas musicais que serviram de base para toda a música instrumental que viria depois.
Devido a busca de novos recursos e maior intensidade sonora a vihuela veio a desaparecer. O povo, porém fiél à guitarra continua descobrindo novos caminhos para ela, utilizando inicialmente para os rasgueados e acompanhamento do canto. Por ser muito usada na Espanha, a guitarra passa a ser conhecida nos demais países como Guitarra Espanhola, sendo que seu período de triunfo ocorrera no século XVII.